A braquiterapia é um tratamento de tumores oculares que revolucionou a radioterapia oftalmológica. Este procedimento consiste em aplicações de placas de rutênio (semente de rutênio radioativo) na parede do globo ocular junto ao tumor, evitando expor os tecidos do olho e da face à radiação, preservando a função visual, se possível, e também a estética local.

Esta terapia tem sido a principal terapia utilizada em muitos centros oncológicos no tratamento de melanomas médios e grandes. É utilizada para destruir tumores intra-oculares como Melanoma de Coróide e Retinoblastoma.

Retinoblastoma é um câncer ocular que atinge as células da retina em olhos de criança. Ele tem origem genética e é causado pela mutação do gene do cromossomo 13. Em 10% dos casos é transmitido por hereditariedade. Os outros 90% têm causas desconhecidas. Ele pode se manifestar desde o nascimento ou surgir durante os 3 primeiros anos de vida. Pode atingir apenas um dos olhos, ou os dois.

Atente para os sintomas:

- presença de um brilho branco e perda do reflexo vermelho na pupila, semelhante a um olho de gato no escuro;

- uma luz na pupila, popularmente conhecida como “menina dos olhos”;

- estrabismo precoce.

O retinoblastoma pode ser identificado através de uma fotografia. Quando a luz do flash da câmera bate sobre os olhos e reflete um ponto branco na pupila, pode representar o reflexo da luz sobre a superfície do tumor.

O diagnóstico é feito pelo exame do fundo do olho, em geral complementado pela ultra-sonografia ocular e pela tomografia: dos olhos, órbita e sistema nervoso central.
O retinoblastoma pode evoluir e invadir o nervo óptico alcançando o cérebro, podendo ainda atingir outros órgãos e ser fatal.

A braquiterapia é segura e eficaz. Sua vantagem sobre a radioterapia convencional com feixe externo é que ela não danifica as estruturas que estão perto do tumor, como os ossos da face, pele, músculos e também não lesam os tecidos oculares como córnea, íris e cristalino, não provocando alterações estéticas. Esse procedimento é realizado sob anestesia.

 

 

 

Fonte: Portal Hosp