No Dia do Adolescente (21/09), Instituto de Olhos do Recife faz um alerta aos pais sobre medidas de prevenção e cuidados com a saúde ocular dos filhos

Uma fase de mudanças e descobertas, a adolescência também é um período em que incômodos oculares podem aparecer e se desenvolver. Atento a isso, o Instituto de Olhos do Recife (IOR) aproveita o Dia Nacional do Adolescente, comemorado no próximo dia 21, fazendo um chamado aos pais para acompanharem de perto a saúde ocular dos filhos nessa etapa da vida. De acordo com a Dra. Ana Carolina Valença Collier, oftalmopediatra, entre os 10 e 20 anos, o desenvolvimento do sistema visual alcança a maturidade. “Nessa idade, costumam aparecer a miopia e o ceratocone. Por isso, é necessário ter mais atenção a aspectos que podem indicar algum problema relacionado à visão, como baixo rendimento na escola, queixas de dores de cabeça, vista cansada, visão embaçada e outros sintomas”, orienta.

Outra indicação da médica é evitar longas exposições à luz azul, quer seja do computador, celular ou de outros aparelhos eletrônicos. “Especialmente agora, em que a Covid-19 impôs o isolamento social e os adolescentes estão tendo aulas online, algumas medidas são indispensáveis para preservar a saúde dos olhos”, completa a médica.

Uma delas é evitar passar muitas horas assistindo aulas ou fazendo tarefas. O tempo de estudo tem que se diluído ao longo do dia. A cada 30 minutos, o adolescente deve fazer uma pequena pausa, se movimentar e olhar para o infinito. “Isso ajuda a relaxar o músculo do olho que faz a focalização para perto. Na adolescência, o tempo recomendado de uso de eletrônicos por dia deve ser de no máximo 4 horas”, aconselha. 

Excesso

A luz emitida por aparelhos eletrônicos causa fadiga ocular e contribui para o ressecamento dos olhos. “A exposição excessiva pode desencadear queixas como ardor, lacrimejamento, coceira e mesmo sensação de corpo estranho nos olhos. Nesse caso, deve-se consultar o oftalmologista para investigar as causas e receber o tratamento”, recomenda a oftalmopediatra.

Outra orientação é sobre a distância de uso dos dispositivos e o tamanho da tela. “O ideal é ficar distante do eletrônico, de 50 centímetros a um metro. Além disso, os adolescentes devem assistir as aulas na maior tela possível, pois quanto menor o aparelho, mais danos pode causar à visão”, alerta. A sugestão da Dra. Ana Carolina é usar a TV ou o computador.

Para quem já usa óculos de grau, ela indica priorizar os que tiverem lentes antirreflexo. “Além de protegerem os olhos da luz azul, eles proporcionam mais conforto visual e, portanto, contribuem com uma maior produtividade nos estudos”, afirma a oftalmopediatra.

Higiene

Segundo a médica, neste período de convívio com o coronavírus, a principal orientação para os adolescentes é reforçar a higiene, como forma de evitar o contágio. “Mesmo dentro de casa, eles devem lavar sempre as mãos e evitar coçar os olhos”, aconselha.

Outro cuidado é com a limpeza dos óculos de grau ou de sol. “Apesar de servirem como barreira para o vírus não atingir a mucosa do olho, se não forem sempre higienizados, podem contribuir para a contaminação”, alerta a médica. Antes de pôr ou tirar os óculos, é indispensável lavar as mãos e os óculos, com água e sabão neutro, e secá-los preferencialmente com papel toalha macio.

Dra. Ana Carolina sugere aos pais aproveitar esse período de convívio intenso para observar se seu filho(a) tem algum sintoma relacionado à visão. “Se você perceber que o adolescente se aproxima demais das telas, coça os olhos, lacrimeja, fecha um pouco mais os olhos para enxergar melhor, ou, no fim do dia, está sonolento, se queixa de tontura ou dor de cabeça, você deve marcar o quanto antes a consulta com um oftalmologista”. Na adolescência, as idas ao oftalmopediatra devem ser anuais para quem não tem sintomas, mas quem usa óculos ou tem algum problema na visão, deve consultar o oftalmologista semestralmente.

 

 

 

 

 

 

Fonte: assessoria de comunicação do Instituto de Olhos de Recife