A catarata é uma condição que afeta pessoas a partir dos 60 anos e pode levar à cegueira. Especialistas explicam as causas e quando é necessário cirurgia

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Com o passar do tempo, o cristalino, lente natural do olho, perde a transparência e fica opaco. Para restaurar a boa visão, a cirurgia da catarata retira o cristalino e, no lugar, insere uma lente artificial. O procedimento pode dar ao paciente mais independência, inclusive, em relação ao uso de óculos — já que trata outros problemas de vista, como miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia. A catarata costuma surgir a partir dos 60 anos e, se não tratada, pode levar à cegueira. Segundo o Dr. Emerson Dutra, oftalmologista especialista em catarata, atualmente, existem dois tipos de cirurgias para corrigir o problema. No primeiro, as incisões no cristalino são feitas manualmente e, no segundo, a laser. “A cirurgia a laser é mais demorada, porque o laser é uma máquina separada. A gente faz em uma sala, vai para outra e, só então, termina o procedimento”, detalha.

Na cirurgia manual, as incisões são feitas com lâminas e pinças de tamanhos pequenos. Para tanto, é usado um microscópio. O laser é mais utilizado quando há complicações — por exemplo, o cristalino está solto. O médico recomenda buscar tratamento quando a qualidade da visão começar a atrapalhar o bem-estar e a execução de tarefas diárias. Quando a catarata evolui muito, o paciente fica com deficiência visual ou pode até desenvolver cegueira. Dutra esclarece que, dependendo do grau, pode ser reversível com a cirurgia. “Quando começa a piorar, indicamos a cirurgia para que ele continue a ter uma vida normal”, ressalta. Em muitos casos, há também a possibilidade de o paciente não precisar mais usar óculos, dependendo do nível da lente.

Como é o procedimento

A cirurgia de catarata e refrativa demora, no máximo, 15 minutos. Durante o procedimento, o cristalino, que está opaco e dificultando a visão, é retirado. Podem ser usadas técnicas cirúrgicas de facoemulsificação (FACO) e a laser. Logo após a retirada do cristalino, é inserida uma lente no lugar. A diferença entre a cirurgia a laser e a FACO está na maneira com que as incisões são feitas. Na facoemulsificação — com laser ou por meio de bisturi. Segundo o oftalmologista Emerson Dutra, o paciente não sente dor, a ponto de se esquecer de está operado. E isso pode atrapalhar na recuperação. “O paciente tenta levar a vida normal, não fica em repouso e esquece de usar a medicação”, conta.

Recuperação

A recuperação leva, em média, entre três e quatro semanas. Nesse período, o repouso é de extrema importância, porque podem acontecer alterações na retina, inflamações ou infecções capazes de comprometer o resultado cirúrgico e até levar à cegueira.

Benefícios

  • Melhora na visão e a qualidade de vida;
  • Independência dos óculos;
  • Redução nas taxas de acidentes domésticos envolvendo idosos.

Grupos de risco

Pessoas acima de 60 anos.

 

 

 

 

Fonte: Correio Braziliense