Estima-se que somente 5% esteja em tratamento
 
A psoríase é uma enfermidade crônica inflamatória, não contagiosa, que afeta a pele, couro cabeludo, unhas e mucosas e atinge cerca 190 milhões de pessoas no mundo (2 a 3% da população) e por volta de 3 milhões somente no Brasil. Porém, estima-se que somente 5% dos pacientes esteja em tratamento. 
 
“Embora a psoríase tenha causa ainda não conhecida, sabe-se que as escamas ocorrem porque as células da pele se reproduzem com rapidez excessiva”, explica Dra. Leticia Secco, médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Normalmente, a pele leva de 21 a 28 dias para ser substituída, mas nas pessoas com psoríase, as células se reproduzem de maneira muito rápida, entre 2 e 6 dias, o que explica o aspecto
espessado da pele”, completa.
 
Segundo a especialista, existe uma suspeita que os Linfócitos T, células encarregadas de defender o organismo de qualquer ataque inimigo, estimulem a proliferação de células epidérmicas, provocando a queratinização acelerada e a inflamação da pele. Além disso, estatísticas mostram que um indivíduo que tenha um dos pais com a doença, tem 14% de probabilidade de sofrer de psoríase. Quando ambos os pais sofrem com a doença, as cifras aumentam para 40%. 
 
“É muito importante evitar a automedicação e o uso indiscriminado de produtos com corticosteróide, que podem ter efeitos colaterais importantes”, alerta Dra. Letícia.  “Ter a indicação de um tratamento adequado e cumprir as orientações do médico são fatores-chave para o controle da psoríase e para a melhora do paciente”, finaliza.
 
Apesar de não ser a causa exata, existem outros fatores desencadeantes que podem causar ou agravar a psoríase, entre eles a ansiedade e as infecções de vias aéreas superiores.
 
Os sintomas são lesões na pele, com placas avermelhadas e escamas. Pode vir acompanhada de coceira e acometer em qualquer parte do Corpo.
 
O diagnóstico da psoríase é relativamente simples. Um médico dermatologista pode, com uma simples análise clínica visual, detectar a doença. Nos casos de dificuldade para estabelecer um diagnóstico claro, uma biópsia é realizada. Existem diferentes tipos de psoríase, com diferentes manifestações, entre elas a psoríase em placas, mais comum de todas, em partes do corpo muito definidas; psoríase em gotas, com múltiplos
pequenos pontos vermelhos dispersos; a psoríase pustulosa, que provoca lesões em pústulas e psoríase eritrodérmica, que causa o avermelhamento de todo o corpo. Outros tipos menos comuns de psoríase são ungueal (das unhas) e a do couro cabeludo. Dentre os pacientes com psoríase, até 30% deles enfrentam também a artrite psoriática. 
 
O tratamento da psoríase é complexo, sendo importante considerar vários fatores como a idade e o estado de saúde, o tipo e a etapa em que se encontra o paciente, a tolerância a determinados medicamentos, o impacto na qualidade de vida e suas expectativas.
 
A psoríase afeta de maneira drástica a qualidade de vida da pessoa, não apenas fisicamente, mas emocionalmente. As lesões evidentes na pele, que se apresentam em qualquer parte do corpo, podem limitar o desempenho diário das atividades, sentindo-se intimidado pelos olhares daqueles que o rodeiam.





Fonte: Assessoria SBD