16 de mai de 2025
Imagem

Um estudo europeu relaciona o uso diário da aspirina ao risco aumentado de desenvolver degeneração macular relacionada à idade (DMRI) na sua forma mais avançada, conhecida como “úmida”. Entre os usuários diários de aspirina, o estudo também constatou um risco um pouco elevado de desenvolver a doença quando em estágio inicial.

A DMRI é uma das principais causas de cegueira em pessoas idosas. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, 2,9 milhões de pessoas com mais de 65 anos sofrem com o problema no Brasil.

Como a aspirina pode reduzir coágulos, muitos médicos recomendam o seu uso diário pelos pacientes idosos com doenças cardiovasculares. Essas pessoas são, provavelmente, as que mais tomam aspirina diariamente.

De acordo com os pesquisadores, ainda é cedo para que os cardiologistas mudem sua recomendação médica a respeito da aspirina para pacientes idosos e cardíacos. São necessários outros estudos para reforçar que essa ligação aumente o risco para DMRI.

A doença

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é um quadro degenerativo da mácula, área nobre da retina. Pode impossibilitar os portadores de ler, assistir televisão, escrever ou realizar trabalhos manuais. Afeta os olhos especialmente de pessoas idosas, em geral acima dos 65 anos.

Porém, com o aumento da longevidade, existe forte tendência de que um número expressivo de pessoas torne-se portador da doença, de acordo com Carlos Augusto Moreira Júnior, chefe do Serviço de Retina do Hospital de Olhos do Paraná.

Existem dois tipos de DMRI. A mais comum é a chamada DMRI “seca”, que totaliza 90% dos casos e é mais branda. A outra forma, conhecida como “úmida” embora menos frequente, tem sua progressão mais rápida, provocando grave perda visual.

A partir de 2012, por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os planos e as operadoras de saúde estão obrigados a pagar pelo único tratamento capaz de impedir a progressão da doença.

 

 

 

 Fonte: Portal Hosp