02 de ago de 2025
A Melanocitose Óculo Dermal é caracterizada pela pigmentação anormal do olho e da pele ao redor do olho. Esta alteração pode ser dividida em três tipos, dependendo das estruturas do rosto que afeta: forma ocular (onde apenas o olho apresenta a pigmentação excessiva), a forma cutânea (só a pele está com pigmentação a mais) e a forma óculo-cutânea (pele e olho com pigmentação anormal). A forma óculo cutânea é chamada de Nevus de Ota.

Hoje sabemos que o pigmento aumentado também é encontrado em estruturas mais profundas e pode acometer a mucosa da boca. Em alguns casos os tecidos da órbita (ao redor do olho) e até as meninges (membranas que envolvem o cérebro podem estar alteradas).

Não se sabe a causa desta alteração, mas acredita-se que pode ser causada por migração anormal dos melanócitos da crista neural (melanócitos são as células pigmentadas da pele que, nas primeiras semanas de gestação). Estas lesões geralmente aparecem durante a infância ou adolescência, sugerindo que seu aparecimento esteja relacionado à variação hormonal.

Geralmente os pacientes procuram tratamento por causa da alteração estética, hoje existem lasers dermatológicos capazes de remover o pigmento da pele. No olho, o pigmento em excesso pode causar aumento da pressão (glaucoma) que ocorre em aproximadamente 10% doa pacientes. A pigmentação também aumenta o risco de melanoma maligno de coróide, que ocorre em 1 a cada 400 pacientes com melanocitose óculo dermal.

Outra associação a esta doença, ainda mais rara, são os tumores melanocíticos das menínges, como o melanocitoma e melanoma.

Acompanhamento

Por este motivo os pacientes com melanocitose óculo dermal devem ser acompanhados por um oftalmologista. A medida da pressão intra ocular garante que o paciente não apresenta glaucoma e o exame de fundo de olho busca alterações de retina ou melanoma de coróide.

Tratamento

No caso de aumento da pressão pode ser necessário uso de colírios ou cirurgia para impedir a perda de visão pelo glaucoma e, no caso de tumor de coróide (melanoma) pode-ser tratar com braquiperapia ou enucleação. Para maiores detalhes leia "Melanoma de coróide" no menu ao lado.












Fonte: Portal Clínica Belfort