28 de Mar de 2024

Criado em 1961, o Dia Nacional do Deficiente Visual incentiva a conscientização e a solidariedade da sociedade brasileira com quem sofre de cegueira ou tem baixa visão. “É indispensável garantir acessibilidade, mobilidade e igualdade de condições para essas pessoas. Também é essencial promover o acesso universal à saúde ocular e ao exame oftalmológico, condições fundamentais para a redução de casos de cegueira evitável no Brasil”, comenta o oftalmologista Dr. Henrique Moura de Paula.

Estatísticas da Fundação Dorina Nowill para Cegos revelam que, dentre as deficiências declaradas, a mais comum é a visual, atingindo 3,5 da população brasileira ou 6,5 milhões de pessoas. Desse total, mais de 500 mil são cegos e 6 milhões possuem baixa visão ou visão subnormal, sendo que 2 milhões estão no Nordeste. As principais causas de cegueira, no país, são a catarata, retinopatia diabética, degeneração macular, cegueira infantil e o glaucoma.

Baixa visão

Quem tem alterações na capacidade funcional da visão se encontra neste grupo. “A baixa visão pode ser provocada por inúmeros fatores, dentre eles, a baixa acuidade visual significativa, a redução importante do campo visual ou mesmo alterações corticais e sensibilidade aos contrates”, explica o médico.

A ambliopia, visão subnormal ou visão residual são manifestações da baixa visão, cuja definição é complexa devido à variedade e intensidade de comprometimentos das funções do olho, que englobam desde a simples percepção da luz até a redução de acuidade do campo visual, interferindo na execução de tarefas. “Quem sofre dessa condição também pode apresentar nistagmo, que é o movimento rápido e involuntário dos olhos, provocando uma redução da acuidade visual e fadiga durante a leitura”, relata o oftalmologista.

Pessoas com baixa visão também apresentam grande oscilação de sua condição visual, que pode mudar de acordo com o seu estado de ânimo, as circunstâncias e as condições de iluminação. “Esses fatores incidem nas informações que se recebe do ambiente e restringem uma grande quantidade de dados importantes para a construção do conhecimento sobre o mundo”, comenta.

Consultas periódicas

Segundo o oftalmologista, muitos casos de cegueira precoce poderiam ser evitados. “Lamentavelmente, algumas doenças oculares são assintomáticas, enquanto outras se manifestam em estágio avançado. Por isso, as consultas periódicas com o oftalmologista são essenciais para evitar danos irreversíveis à visão”, explica.

Exames preventivos e complementares também são indispensáveis. “Muitas pessoas só procuram o oftalmologista para trocar os óculos. Elas esquecem que, além do exame da refração, o médico precisa fazer o screening de algumas doenças como a catarata, o glaucoma e a degeneração macular relacionada à idade”, destaca o médico. Quer seja na conversa com o paciente, no exame clínico ou através de testes e exames complementares (indolores e rápidos), é possível identificar alterações ou patologias nos olhos, possibilitando um tratamento precoce e eficaz.

 

 

 

 

Fonte: Assessoria de comunicação do Instituto de Olhos do Recife