18 de Abr de 2024

Passar por uma consulta com o oftalmologista pelo menos uma vez por ano é indicado para todas as idades. Mas, na faixa dos 40 anos, existe a possibilidade de identificar e tratar precocemente algumas doenças oculares relacionadas à idade e evitar a perda da visão no futuro. Além do envelhecimento do organismo, nessa faixa etária é comum a ocorrência de problemas sistêmicos, como diabetes e pressão arterial alta, e outros fatores como sedentarismo, que podem comprometer a saúde geral. Por isso, a Associação Americana de Oftalmologia recomenda que todos os adultos nessa faixa etária consultem um oftalmologista preventivamente e, a partir dos 65 anos, para acompanhar sinais de doenças relacionada ao envelhecimento.

Mas, vale lembrar que estas condições podem ocorrer e trazer danos à saúde em qualquer faixa etária. Por isso, quem já reúne essas características, apresenta sintomas ou história familiar de problemas oculares, como o glaucoma, e usa óculos ou lentes de contato também deve passar por check-ups regulares para verificar os graus e a condição das estruturas oculares. E, durante a avaliação, informar essas condições ao oftalmologista para que ele determine a periodicidade das consultas.

Confira a seguir as principais doenças oculares relacionadas ao envelhecimento:

Catarata – Esta doença faz com que o cristalino (a lente natural dos olhos) fique opaco e pode levar à perda de visão progressiva. A boa notícia é que dá para corrigir o problema com uma cirurgia, rápida e segura, devolvendo a visão. O melhor é que as técnicas modernas não só tratam o problema como possibilitam a correção de eventuais erros refrativos, a exemplo da miopia, astigmatismo e até da presbiopia. Mas não dá para descuidar: a catarata é a principal causa de cegueira reversível no Brasil. Além do envelhecimento, outros fatores, como o uso crônico de corticoides, doenças metabólicas, como o diabetes, uveítes (inflamações no interior dos olhos), trauma ocular e exposição excessiva à radiação solar são capazes de acelerar o seu surgimento.

Glaucoma – A doença é causada, na maioria dos casos, pelo aumento da pressão intraocular, que pode prejudicar o nervo óptico. No início, causa perda da visão periférica, podendo evoluir para perda da visão. Os tratamentos existentes têm o objetivo de barrar sua progressão com o controle da pressão intraocular. Geralmente, são prescritos colírios e, quando eles não surtem os resultados esperados ou em casos mais graves da doença, pode ser indicada a cirurgia. Para obter um diagnóstico precoce, é importante visitar um oftalmologista regularmente.

Degeneração macular relacionada à idade (DMRI) – É a principal causa de cegueira em pessoas com mais de 65 anos, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Mas, se identificada precocemente, a progressão da doença pode ser controlada. O problema tem origem no desgaste da mácula, área da retina responsável pelo centro da visão e que permite perceber detalhes, como reconhecer cores, feições ou ler um livro. Seus principais sintomas são embaçamento de visão, lento ou abrupto, e distorção de imagens. Quem tem mais de 50 anos, histórico familiar da doença ou pele, olhos claros, fuma ou se expõe muito ao sol deve realizar o exame de mapeamento de retina anualmente para rastrear a doença e saber qual é a melhor opção de tratamento, caso tenha.

Retinopatia diabética – A retinopatia diabética é uma alteração decorrente da diabetes, que causa a deterioração dos vasos sanguíneos localizados no fundo do olho e que irrigam a retina. Nos seus estágios iniciais, a doença pode não manifestar sintomas, daí a importância do acompanhamento oftalmológico anual para quem tem diabetes. E, caso a doença seja diagnosticada, o acompanhamento deve ocorrer com uma frequência maior, dependendo da gravidade.

"Não tenho sintomas, também preciso ir ao oftalmologista?"

Sim. Além de avaliar a saúde geral dos olhos, essa medida pode ajudar a detectar doenças silenciosas. A partir dos 40, também é comum surgirem os primeiros sinais de idade, como rugas, excesso de pele, gorduras, olheiras e flacidez na região ao redor dos olhos e nas pálpebras. Além de cuidar da visão, o oftalmologista também é o profissional adequado para cuidar da estética ocular.

 

 

 

 

 

 

 

Fontes consultadas: Associação Americana de Oftalmologia e oftalmologistas da Lotten Eyes.