19 de Abr de 2024

Extremamente importante, o mapeamento de retina (exame complementar em que todo o fundo do olho e suas estruturas são avaliados) pode contribuir para diagnósticos muito abrangentes. Em casos de tumores oculares e cânceres, este exame pode auxiliar muito para que o paciente tenha, além do diagnóstico, um tratamento que o mantenha em uma condição estabilizada. Poder avaliar o paciente de forma direta e sem invadir o corpo é um dos benefícios deste exame, que pode diagnosticar e avaliar a evolução de doenças como: hipertensão arterial, diabetes, doenças reumáticas, doenças neurológicas, doenças hematológicas e outras doenças causadas por alteração vascular, sanguínea ou nos nervos, além de todas as doenças oculares.

No caso do diabético, as informações geradas pelo mapeamento de retina demandam uma comunicação colaborativa entre o endocrinologista e o oftalmologista para o controle da doença, evitando alterações na retina e complicações que levam à cegueira (temporária ou permanente).

De acordo com as diretrizes do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, da Sociedade Brasileira de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Pediatria, o mapeamento de retina deve ser realizado em bebês nascidos com peso igual ou inferior a 1.500 g ou com idade igual ou inferior a 32 semanas. Esta avaliação é importante para uma detecção precoce da retinopatia da prematuridade, doença que ocorre na retina do bebê prematuro causada pelo desequilíbrio no fornecimento de oxigênio na retina, provocando a formação de vasos anormais que podem crescer de forma errada. A falta de tratamento específico pode levar a danos irreversíveis ao desenvolvimento ocular da criança e, em alguns casos, à cegueira.

O mapeamento de retina é um dos exames mais importantes na detecção de certos tipos de cânceres oculares, como o melanoma da coróide, que é assintomático no início e não apresenta sinais externos que possam ser percebidos a olho nu. Muito frequentemente outros exames pode ser necessários como retinografia, angiografia e do ultrassom ocular.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Revista Veja BEM – Edição nº 09