29 de Mar de 2024

Saiba como proteger seus olhos no inverno e no São João fora de época

Em dias frios e chuvosos, os olhos ficam mais propensos ao quadro de inflamação, provocando incômodos como coceira, ardência, vermelhidão, sensação de corpo estranho, até sensibilidade à luz. “No inverno, os pacientes precisam ficar atentos, porque com as chuvas acima da média, o frio e o vento algumas doenças oculares se disseminam com maior facilidade”, alerta a oftalmologista Dra. Marcela Valença.

Dentre as patologias que tendem aumentar, nesta época do ano, estão a conjuntivite viral e as alergias oculares. “Como as pessoas se abrigam em espaços fechados, a probabilidade de transmissão da conjuntivite é maior. A queda de temperatura também causa problemas alérgicos, como rinite, e isso pode piorar o ceratocone e até o desenvolvimento de outras doenças, como glaucoma e catarata, especialmente pelo uso indiscriminado de remédios”, explica a médica.

Para proteger os olhos, deve-se evitar locais fechados com aglomerações, lavar sempre as mãos e, se isso não for possível, usar álcool para higienizá-las. “A principal via de transmissão de doenças oculares contagiosas são as mãos. Daí a necessidade de mantê-las sempre limpas e nunca compartilhar equipamentos eletrônicos e objetos pessoais”, orienta Marcela.

A oftalmologista também recomenda nunca friccionar os olhos. “Mesmo com a sensação de cisco ou arranhão nos olhos, o paciente deve evitar coçá-los, porque isso pode contribuir para piorar o quadro alérgico, viral ou bacteriano”. Outra orientação é nunca usar colírios sem indicação médica.

Fora de época

O sinal amarelo também deve ser ligado durante as festas de São João fora de época. Nesse período, algumas doenças oculares se propagam e há maior probabilidade de acidentes com os olhos. Todo cuidado é pouco, especialmente na hora de brincar com fogos de artifício ou perto de fogueiras. “Estrelinhas, bombinhas e traques de massa também podem ser perigosos, porque são feitos com pólvora e as faíscas podem atingir os olhos e causar lesões”, explica Marcela.

Deve-se evitar a proximidade com o calor e a fumaça das fogueiras, que podem causar ardor, queimação, hiperemia (vermelhidão), lacrimejamento e prurido (coceira) nos olhos. Caso o paciente apresente alguns desses sintomas, deve lavar bem os olhos com soro fisiológico ou água corrente e procurar uma unidade hospitalar. “É indispensável ir à assistência oftalmológica de emergência, para dar início ao tratamento e controlar lesões, traumas e outros problemas na visão”, aconselha a médica.

Além desses cuidados, Marcela reforça a necessidade de ir sempre ao oftalmologista. “As consultas devem ser regulares e periódicas, ao menos, uma vez ao ano. Desse modo, é mais fácil tratar as doenças oculares e, principalmente, preveni-las”, conclui.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: assessoria de comunicação do Instituto de Olhos do Recife