19 de Mai de 2024
O protetor solar pode garantir a segurança da pele no verão, mas também representa uma ameaça para os olhos se usado de forma incorreta. O contato do produto com essa região pode levar a irritações, vermelhidão e a quadros mais graves: 39% dos casos de conjuntivite tóxica atendidos nesta época do ano pelo oftalmologista Leôncio Queiroz, por exemplo, têm relação com o uso de protetores ou bronzeadores.

O problema é que a maior parte desses produtos tem um pH diferente daquele apresentado pelo olho. “É muito comum que, na praia, as pessoas transpirem e o suor chegue até o olho, levando o produto. Pode ocorrer, então, uma conjuntivite tóxica por mudança de pH", alerta Queiroz.

Para a oftalmologista Carla Romão o contato dos protetores com os olhos pode trazer irritação, vermelhidão, sensação de areia nos olhos e lacrimejamento excessivo. Segundo ela, cada organismo tem uma reação diferente diante da entrada de um corpo estranho no olho. Enquanto algumas pessoas não apresentarão complicações, outras poderão ter uma inflamação na córnea - a chamada ceratite - e algumas poderão desenvolver a conjuntivite tóxica.

Para evitar problemas, os médicos recomendam cuidado na hora de aplicar o protetor solar, que continua sendo indispensável durante a exposição ao sol. Para quem estiver na praia, a dica é usar uma bandana na testa - para impedir o suor de escorrer para o olho.

No caso de um acidente com o produto, a orientação é lavar os olhos com bastante água mineral. O soro fisiológico também pode ser usado. “Depois de lavar e afastar esse corpo estranho dos olhos, caso a irritação e a vermelhidão permaneçam, é sinal de que a pessoa deve procurar um atendimento médico”, aconselha Carla.



Fonte: clicabrasilia