07 de Mai de 2024
Os recém-nascidos observam tudo ao seu redor, no entanto, de forma muito pouco clara. Nas duas primeiras semanas de vida, sua capacidade visual limita-se a uma visão de claro e escuro. Isso acontece porque a mácula, que é a área na retina responsável pela nitidez da visão, ainda não está totalmente desenvolvida. O desenvolvimento da visão de uma criança realiza-se de forma muito rápida no primeiro ano de vida; o desenvolvimento da afinação rigorosa da acuidade visual ocorre, todavia, durante todo o período pré-escolar.

A total visão do bebê e das crianças pequenas apenas se desenvolve com o tempo, através de um exercício constante. Até os três anos, o cérebro não está ainda totalmente desenvolvido, de modo que o desenvolvimento da visão ainda é flexível, mas com cerca de 5 a 6 anos de idade, quando a criança começa a ir à escola, é que este desenvolvimento termina. 

Os defeitos dos olhos e da visão que até essa altura não haviam sido detectados, ficam mais difíceis de corrigir, e o tratamento é frequentemente mais dispendioso do que em bebê, ou numa idade mais precoce. 

O primeiro exame

O primeiro exame oftalmológico deve ser realizado quando a criança tem uma idade de aproximadamente três anos, caso não se tenha anteriormente verificado quaisquer outros indícios. Um diagnóstico precoce de doenças ou defeitos de visão, efetuado por um oftalmologista, poderá evitar deficiências da visão para toda a vida.

Existe uma propensão especial para o desenvolvimento de deficiências visuais e estrabismo no caso de bebês prematuros, crianças cujos pais ou irmãos vêm muito mal ou são estrábicos, crianças com atrasos de desenvolvimento e, naturalmente, crianças provenientes de famílias com doenças hereditárias dos olhos. Nestes casos, um exame oftalmológico deverá realizar-se forçosamente antes do terceiro ano de idade, precisamente, entre os seis e os doze meses.

Sinais de Alerta

Os pais devem observar os seus filhos com atenção. Indícios visíveis nos olhos, como alterações nas pálpebras ou pálpebras caídas, córnea opaca, alterações das pupilas, como coloração cinzento-esbranquiçada, fotofobia e olhos anormalmente grandes, são motivos reais para fazer uma consulta ao oftalmologista.

Os pais não devem se preocupar nas primeiras semanas de vida, com a incapacidade do bebê em coordenar corretamente o movimento dos olhos, deixando estrábicos. Quase todos os bebês nessa idade, tem um posicionamento errado dos olhos. Nos meses seguintes, ainda é possível de vez em quando, notar esse fenômeno. Isso acontece porque ele ainda não aprendeu a fixar os objetos. No entanto, se existir um desvio anormal constante dos olhos, deverá consultar urgentemente um oftalmologista.

Testes de Visão

Em um adulto, é fácil realizar um teste de visão, uma vez que ele é capaz de descrever o que está vendo à sua frente. Com os bebês e crianças muito pequenas, isso já não acontece, restando aos pais e oftalmologistas, observarem cuidadosamente as reações da criança aos testes aplicados.

Defeitos da visão podem afetar qualquer pessoa e ocorrem em qualquer idade. Se não forem tratados nos bebês ou nas crianças pequenas, os defeitos da visão poderão influenciar negativamente todo o seu desenvolvimento. 

Uma avaliação exata da capacidade visual de uma criança só pode ser realizada por um oftalmologista. No caso de um bebê, podem realizar-se testes de visão simples. Assim, é possível avaliar a acuidade da visão de um bebê de cerca de seis meses de idade, testando se o mesmo fixa um objeto e se o segue com os olhos. O teste pode ser, por exemplo, o de rolar pequenas bolas no chão à frente da criança, ou prendendo-as a pequenos pauzinhos que são movimentados igualmente à frente da criança. O oftalmologista estará observando os movimentos dos olhos da criança.

Na fase dos dois anos e meio até aos três anos de idade, a maioria das crianças está familiarizada com imagens, de forma que é possível, com a colaboração da criança, avaliar a acuidade visual através da apresentação de imagens a diferentes distâncias e de diversas dimensões. 

Aos quatro anos, a criança desenvolve a capacidade de distinguir entre pequenos objetos que se situam muito próximo uns dos outros. As crianças deverão então conseguir desviar o olhar de uma imagem ou letras, para outra. 

Existem vários testes que podem ser aplicados, o importante é os pais não adiarem a visita entre a criança e o oftalmologista, e não deixarem de repeti-la anualmente, pois uma criança que, na idade pré-escolar, tenha sido considerada por um oftalmologista como vendo bem pode, no entanto, desenvolver posteriormente erros de refração, como, por exemplo, miopia, presbitismo e astigmatismo, que tornam uma correção necessária. 

Os pais, em colaboração com os professores, devem estar sempre atentos, durante o período em que as crianças aprendem a ler e a escrever. As dificuldades de aprendizagem não significam forçosamente que uma criança tenha deficiências de aprendizagem, mas podem constituir também um indício de que a criança simplesmente enxerga mal.

Dicas

de 00 a 03 anos
A opção de modelos de óculos é enorme, hoje em dia. Qualquer criança nessa idade, não oferece nenhuma resistência para usar óculos, pois os modelos são encantadores. Alguns pais preferem prender os óculos com elástico que passe atrás da cabeça da criança, evitando assim, que caia constantemente, mas nessa idade, é muito difícil a criança precisar de óculos.

de 03 a 06 anos
Essa ainda é uma idade em que a criança não vai se importar de usar os óculos, salvo uma ou outra que por alguém ficar zombando na escola, evita de usá-lo para não ser alvo de chateações dos colegas. Na idade escolar, uma visita ao oftalmologista é sempre indicado.

de 06 a 09 anos
Os pais não devem desconsiderar qualquer reclamação da criança, como: dor de cabeça, vistas lacrimejantes, assistir muito de perto a televisão ou franzir a testa (apertando os olhos) para poder enxergar algo. Tudo isso, pode ser sinal de uma visão deficiente.

É importante que os pais, quando têm a comprovação que a criança vai ter que usar óculos, ter uma conversa franca e esclarecedora com ela, mostrando que será preciso usá-los para que enxergue com perfeição e será o melhor para ela. Inclusive deve alertá-la das brincadeiras desagradáveis que alguns colegas possam fazer, mas que se ela "der de ombros", eles provavelmente não continuarão a brincar.