14 de Mai de 2024
Os cones e bastonetes são células sensoriais fotossensíveis e responsáveis pela transdução foto-elétrica. Tanto os cones como os bastonetes possuem três segmentos: externo, interno e o terminal sináptico. No segmento externo ocorrem as reações fotoquímicas e no terminal sináptico, a liberação de NT para as células nervosas da retina (células bipolares e horizontais).
 
O segmento externo dos bastonetes possui, em seu interior, uma pilha de discos membranosos flutuantes nos quais as reações fotoquímicas ocorrem; os cones possuem segmentos mais curtos, mas o processo é semelhante. Os segmentos externos dos bastonetes e cones estão em constante renovação.

Os bastonetes são sensíveis a um amplo espectro da luz (380 a 650nm); possuem apenas um tipo de molécula fotossensível, a rodopsina que está em concentrações bastante elevadas. Em função dos tipos de pigmentos fotossensíveis a determinados comprimentos de onda há três tipos de cones: azuis (419nm), verdes (531nm) e vermelhos (559nm).
 
Na macula lútea, há uma depressão denominada fóvea onde as imagens são focalizadas com maior nitidez ou acuidade. Essa depressão é devida à presença exclusiva de cones e a luz incide diretamente sobre esses receptores.
 
Esse ponto é arbitrariamente conhecido como o ponto central e constitui a origem da superfície retiniana (0o). À medida que se afasta do ponto central, a densidade de cones diminui drasticamente e o de bastonetes aumenta.  Na fóvea a relação de inervação das células ganglionares com os cones é pequena 
(1:1) e com os bastonetes é muito grande, ocorrendo muita convergência. 

O disco óptico é o ponto de emergência do nervo óptico. Isso significa que neste ponto não há retina, portanto uma região "cega". De fato, possuímos um ponto cego em cada retina. Então como é que não vemos essas falhas em nosso campo visual? É que o córtex visual "preenche" esses escotomas fisiológicos 
completando a imagem em cada campo visual.

 
Por Prof. Leandro Rhein 



Fonte: Opticanet