15 de Mai de 2024

As pessoas costumam procurar um oftalmologista apenas quando percebem que não estão enxergando como deveriam de perto ou de longe. O ideal é que isso ocorra periodicamente. Dessa forma há a possibilidade de diagnóstico precoce, evitando possíveis problemas graves e que possam até evoluir para a cegueira.

O primeiro exame oftalmológico deve ser realizado pelo pediatra logo que a criança nasce. É o exame do reflexo vermelho, que pode detectar, por exemplo, tumores, catarata congênita (opacificação do cristalino), glaucoma congênito (aumento da pressão nos olhos), leucocoria (reflexo pupilar branco) e infecções, como a toxoplasmose, que a mãe contaminada pode passar ao filho e causar uma cicatriz no fundo do seu olho. Os pequenos devem visitar o oftalmo a cada seis meses até completar 10 anos. Então, as consultas passam a ser anuais.

Já os adultos devem ficar atentos às ametropias (miopia, hipermetropia e astigmatismo), catarata, glaucoma, retinopatia diabética e hipertensiva (alterações no fundo do olho relacionadas à diabetes e à hipertensão arterial), doenças degenerativas, entre outras. Se o paciente notar qualquer problema no olho, mesmo sendo leve, deve procurar um médico também.

Evite coçar os olhos, porque o ato possibilita o surgimento de lesões na córnea e na retina, levando à cegueira em casos mais graves. Sempre que receitado, use óculos ou lentes, caso contrário os resultados são dores de cabeça, olhos cansados e secos. Mantenha também uma dieta balanceada e invista em alimentos com ômega-3, zinco, selênio e vitaminas A e E. Portanto, inclua no cardápio carnes vermelhas, peixes, verduras escuras (como couve e espinafre), cenoura e frutas. Prevenir é sempre a melhor alternativa. Veja abaixo quais doenças dos olhos podem ser detectadas com exames periódicos:

1 - Catarata

A opacificação do cristalino geralmente acontece após os 60 anos, mas algumas crianças podem já nascer com o problema. Todas as pessoas terão catarata algum dia, umas mais cedo e outras mais tarde. É um desgaste natural. O tratamento é cirúrgico e consiste em remover a catarata e implantar uma lente intraocular.

2 - Ametropia

É um erro de refração ocular, como a miopia (não enxerga claramente de longe), a hipermetropia (não enxerga claramente de perto) e o astigmatismo (visão distorcida de longe e de perto). Os problemas de visão podem ser corrigidos com o uso de óculos, lentes e cirurgias a laser.

3 - Glaucoma

Aumento da pressão nos olhos, que, se não for tratado, pode levar à perda gradual e irreversível da visão. Os fatores de risco para desenvolver a doença são hipertensão, idade acima de 40 anos, diabetes, histórico familiar, raça negra, longo tratamento com esteroides e/ou altos graus de miopia. Há a possibilidade de bebês nascerem com a doença. O tratamento consiste no uso de colírios. Ainda há como alternativas o laser e a realização de cirurgias.

4 - Estrabismo

A criança pode nascer estrábica (vesga, como é chamada popularmente) e, em alguns casos, isso tem relação com alguma doença ocular, como tumor e glaucoma congênito. Há também a chance de aparecer após os seis meses de vida. Se notar qualquer sinal de desvio dos olhos dos filhos, procure um médico. O tratamento consiste em usar tampão e óculos. Se não resolver, a solução é a cirurgia.

Caso não cuide, o incômodo estético permanece, além da possibilidade de prejudicar a visão.

5 - Olho saltado (exoftalmia e proptose)

Há alguns fatores que podem fazer com que o olho se projete para fora. Entre eles estão doenças da tireoide e tumores. Se notar qualquer assimetria no tamanho e na distância dos olhos, procure um médico. O tratamento consiste em solucionar os problemas que causaram os olhos saltados. Em alguns casos, há a
necessidade de cirurgia para corrigir também a posição deles.

6 - Leucocoria (reflexo pupilar branco)

O exame do reflexo vermelho possibilita a identificação do problema, que é o reflexo branco da pupila. Em crianças maiores, há a possibilidade de perceber o reflexo branco em fotos comuns. Pode ser sinal de tumor ou de retinopatia da prematuridade (alteração no crescimento da retina), por exemplo. O tratamento depende da avaliação do oftalmologista e pode ser clínico, com laser ou cirurgia. Se não tratar precocemente, há chances de levar à cegueira.

7 - Olho seco

O olho seco pode estar associado a ametropias ou ao olho saltado, por exemplo, e consiste no ressecamento dos olhos, levando à vermelhidão e irritação crônica. O tratamento é baseado, geralmente, no uso de lubrificantes oculares. Se não seguir as recomendações médicas, a pessoa pode desenvolver conjuntivite (inflamação na conjuntiva) e ceratite (inflamação da córnea).






Fonte: Idmed